‘Takedown’: conheça a ação de inteligência da Polícia Civil contra fraudes online
Divisão de Crimes Cibernéticos intensificou as fiscalizações durante a Black Friday
A Polícia Civil de São Paulo intensificou o uso do mecanismo de takedown para derrubar sites fraudulentos que atuam principalmente durante o período da Black Friday. Sempre que a Divisão de Crimes Cibernéticos (DCCiber) identifica uma página utilizada para aplicar golpes, as operadoras responsáveis pela infraestrutura da internet são acionadas para retirar o endereço do ar, impedindo que novos consumidores sejam enganados.
O monitoramento é contínuo e executado pelo Centro de Inteligência Cibernética da unidade. Sempre que há indícios de fraude, o procedimento é adotado de maneira imediata.
Além da atuação repressiva, a equipe também desenvolve ações preventivas, como a elaboração e divulgação de uma cartilha informativa nas redes sociais da Polícia Civil, além de orientações ao público sobre compras seguras durante o período de grandes promoções.
Com a chegada da Black Friday, período conhecido pelas ofertas agressivas para atrair consumidores, cresce também a necessidade de atenção redobrada. Golpes e fraudes no comércio digital têm se tornado mais frequentes, especialmente por meio de ofertas divulgadas em redes sociais com o uso de inteligência artificial. A prática tem sido identificada como o principal meio utilizado por criminosos para aplicar furto qualificado e estelionato em compras online.
Segundo o delegado divisionário da DCCiber, Paulo Eduardo Barbosa, os golpes mais comuns envolvem perfis falsos criados com inteligência artificial, conhecidos como deepfakes.
“O criminoso faz a projeção de um rosto conhecido e a modulação da voz de uma pessoa influenciadora ou famosa, e oferece produtos com valores bem abaixo do mercado, garantindo a entrega. O consumidor, conhecendo aquela pessoa e vítima de engenharia social, realiza a compra — mas o produto nunca chega”, explicou o delegado.
Para evitar esse tipo de fraude, o delegado recomenda que o consumidor sempre teste a confiabilidade da empresa antes de concluir a compra. Além de pesquisar reclamações em sites especializados, é fundamental verificar se o endereço eletrônico possui certificado de autenticidade.
“O site deve começar com ‘https’ e exibir um cadeado ao lado. O consumidor deve clicar nesse cadeado, onde constam as informações do certificado de confiabilidade”, orientou Paulo.
Outra recomendação importante é evitar compras em redes de wi-fi públicas, pois conexões abertas facilitam invasões ao dispositivo da vítima. O ideal é utilizar métodos de pagamento seguros, como cartão virtual, autenticação em dois fatores e plataformas reconhecidas, além de evitar links suspeitos.
O que fazer após sofrer um golpe online?
Em caso de fraude, a vítima deve comunicar imediatamente o banco e a operadora do cartão de crédito. Em seguida, é fundamental registrar um boletim de ocorrência — que pode ser feito pela Delegacia Eletrônica.
O atendimento também está disponível presencialmente na sede da DCCiber, no Palácio da Polícia Civil, localizado na Rua Brigadeiro Tobias, nº 527, no centro de São Paulo, ou em qualquer unidade policial do Estado.
Fonte: SSP/SP
Foto: Reprodução / SSP
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