Botucatu confirma caso de leishmaniose visceral canina e amplia monitoramento em dois bairros da cidade
A Prefeitura de Botucatu confirmou um caso de leishmaniose visceral canina no bairro Jardim Cristina. O animal infectado foi identificado pela equipe da Vigilância Ambiental em Saúde (VAS), que iniciará na próxima segunda-feira (24) um inquérito sorológico na região para avaliar a possível circulação do parasita em outros cães.
A ação prevê a coleta de amostras de sangue de animais residentes no entorno do caso confirmado. As amostras serão encaminhadas ao Instituto Adolfo Lutz, responsável pela análise. O objetivo é identificar a extensão da infecção e orientar medidas de controle, prevenção e proteção à saúde humana e animal.
A prefeitura reforça que a colaboração dos tutores é fundamental, permitindo o acesso dos agentes às residências e a coleta do material biológico dos cães selecionados. Entre as recomendações preventivas estão manter os quintais limpos, evitar acúmulo de matéria orgânica e utilizar coleiras repelentes nos animais.
Inquérito também será realizado em Rubião Junior após três casos confirmados
Além do Jardim Cristina, a Vigilância Ambiental também iniciará um inquérito sorológico no distrito de Rubião Junior, onde três casos autóctones já foram registrados. A coleta começa na segunda-feira (13) e será realizada de casa em casa. A estimativa é de que cerca de 600 amostras sejam coletadas.
A equipe iniciará os trabalhos pelo Jardim Botucatu e, ao longo dos próximos dias, seguirá para os demais bairros do distrito. O levantamento ajudará no monitoramento dos reservatórios (cães) e dos vetores (mosquito-palha), auxiliando na prevenção da doença em humanos.
A VAS disponibiliza o telefone (14) 98120-1933 para esclarecimento de dúvidas.
O que é a leishmaniose visceral canina
A leishmaniose visceral canina é causada pelo protozoário Leishmania infantum, transmitido pela picada do inseto flebotomíneo, conhecido como mosquito-palha. O vetor se infecta ao picar um animal doente e pode transmitir o parasita a outros cães e também a humanos.
Os sintomas podem demorar meses para aparecer e muitas infecções são silenciosas. Quando presentes, incluem:
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perda de peso progressiva;
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aumento de linfonodos;
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alterações no fígado e baço;
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lesões de pele e queda de pelos;
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alterações oculares;
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apatia, febre intermitente e cansaço;
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possibilidade de evolução para insuficiência renal.
Ao notar qualquer um desses sinais, tutores devem procurar atendimento veterinário especializado.
A prevenção inclui vacinação, uso de coleiras repelentes, manejo ambiental adequado e controle do mosquito-palha.
Fontes: PM Botucatu e G1
Foto:Reprodução
